Objectivo: Não entrar para o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-IV-TR)

domingo, março 21, 2010

Uma parte da noite





Grandes encenações, olhares atrevidos, flashes, flashes, flashes, como se o mundo começasse assim, de salto alto e copo na mão.


Altas produções, sorrisos esbeltos enrolados em sacos de plástico que cheiram a mofo, genuinamente importados por qualquer um.


Quando se sai à noite, leva-se somente aquela parte de nós, a outra fica em casa.


A noite não tem espaço para maus momentos, só cenas loucas, brutais, dignas de serem observadas por todos, daí os flashes para depois serem publicados no livro das faces, dessa outra parte de nós que pouco serve mas que muito alimenta.


Na noite, quem ousa desafiá-la e chegar ao seu grupo de amigos um pouco menos feliz, é-lhe imediatamente solucionado o problema... cerveja, vinho... alcool!! E nem vale a pena negar, podemos ser brutalmente esfaqueados com palavras que transtornam a alma, ainda mais.


A noite, cheia de mistérios lunares, de vontades, enfeitiça. Todos ficam subitamente extro, mesmo que sejam intro. E mesmo que não haja o verdadeiro ouro, finge-se com a etiqueta colada do avesso, para ser devolvida no dia seguinte.


O que vale...


O que vale é que nem todas as noites são assim.