Objectivo: Não entrar para o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-IV-TR)

terça-feira, outubro 10, 2006

Preto e Branco


Assim de repente... vejo que não vemos o que deviamos ver...
Assim de repende... lembro-me do filme "Colisão"
Aquelas imagens que nos rodeiam e nos influenciam.
Tornamo-nos racistas ou sempre o fomos?!
Vamos deixar a hipocrisia de lado...
Ora vejamos:

"Hoje, nos correios, observei algo que devia ser "capa" do Jornal Nacional: Jovem Negro é atendido num dos guichés, sai, volta a entrar, dirige-se para o mesmo guiché e diz - Ai desculpe estava distraido e já levava este livro na mão sem pagar, quanto é? - pagou 3 euros e picos e voltou a sair...".

Porque é que estas notícias não passam no Jornal Nacional?
Peço desculpa! Que cabeça a minha! Já me esquecia que os pretos não se comportam assim, eu vi mal... só matam, assaltam e coisas do género.
Os brancos? Não esses não!
Porquê esta divisão?
Mas isso interessa?
Sempre foi assim, porquê tornarmo-nos humanamente mais humanos?
Porquê apagar o racismo do dicionário?
Porquê sentirmos de igual forma um assalto feito por um branco ou por um preto?
Seria uma vergonha tornarmo-nos iguais...

sábado, outubro 07, 2006

Eu Mu(n)do

Por vezes sentimo-nos distantes daquilo que seguramos e observamos.
Pertencemos mas recusamo-nos a entrar, ou simplesmente não nos deixam entrar.
Já nos habituámos ao ruído, ao fumo, à dor, ao cansaço, à depressão, à angústia, ao stress... mas falta qualquer coisa...
Estamos no limiar, mas continuamos a atacar.
Entre nós e os outros, existe qualquer coisa pronta a morrer, não interessa.
Transportamos lixo de dentro para fora e continuamos, sem demora!
Não sabemos o que queremos, mas alguma vez soubemos?
Estamos absorvidos.
Entrevistamos quem não conseguimos ser.
Trocamo-nos sem ninguém saber.

domingo, outubro 01, 2006

Excesso de preocupação...


"Epá não te preocupes tanto... isso faz mal"
Realmente bem não deve fazer porque maioria não se preocupa?!
Ou quem sabe, se todos se preocupassem um pouco, a preocupação em excesso passaria a estar no nível médio de bem-estar psicológico?!
Ou se calhar uns nascem para se preocuparem e outros para viverem da preocupação dos outros e da sua despreocupação.
Ou, quem sabe, todos nos preocupamos mas o nível de preocupação difere?
Será por alguns começarem a imaginar a preocupação (consequências da situação) a longo prazo e outros quererem somente resolvê-la com os menos estragos possíveis?

Só sei que os demasiado preocupados compreendem os menos preocupados, mas raramente os menos preocupados compreendem os demasiado preocupados.

Quando o estômago revolta-se, o oxigénio tem dificuldade em entrar, o cérebro transforma-se em vegetal, as pernas fraquejam, a visão começa a transformar-se num manto branco,...

Estamos no caminho do excesso.