Ontem, O Gandhi

Fiquei lixadissima é verdade!

Comecei a ver o filme de ontem, Gandhi, mas tive que abandonar porque por mais esforço que fizesse o cansaço venceu-me!

Continuo sem perceber porque raio continuam a passar filmes interessantes ao domingo à noite às 23h e picos, mais perto das 00h00. Será que no dia seguinte - segunda-feira- ninguém se levanta cedo? Continuo sem perceber...

Mas o pouco que vi gostei bastante, pior são mesmo as maselas do dia seguinte... algo de estranho está a tocar já faz algum tempo...Ahhhhh é o despertador... ahhhhhhhhhhh!!

Vou ter mesmo que ir ao Clube de vídeo alugar!

Movimento: Anti-passagem-de-filmes-interessantes-ao-Domingo-à-noite!

"A Natureza é inexorável, e vingar-se-á completamente de uma tal violação de suas leis.”

"Aqueles que têm um grande autocontrole, ou que estão totalmente absortos no trabalho, falam pouco. Palavra e acção juntas não andam bem. Repare na natureza: trabalha continuamente, mas em silêncio.”

"Não quero que minha casa seja cercada por muros de todos os lados e que as minhas janelas esteja tapadas. Quero que as culturas de todos os povos andem pela minha casa com o máximo de liberdade possível.”

"Acredito na essencial unidade do homem, e portanto na unidade de tudo o que vive. Desse modo, se um homem progredir espiritualmente, o mundo inteiro progride com ele, e se um homem cai, o mundo inteiro cai em igual medida.”

"A única revolução possível é dentro de nós.”

(GANDHI)

Geração 1000 euros

Realmente bendita rádio matinal!

Estes gaijos/gaijas saiem-se com cada uma... mas desta vez não vou contar nada de hilariante/cómico, apenas isto:

Entre outras coisas... os radiofónicos começaram a dizer que a Geração presente dos 25 aos 35 anos, é a geração 1000 euros.

Então parece que um estudo Espanhol concluiu que o pessoal desta faixa etária e com o belo do canudo, neste momento, recebe em média 1000 euros de salário (eu diria que já não era nada mau se assim fosse para todos...).

Mas o que mais gostei foi eles dizerem, e aqui já foram mesmo os radiofónicos Tugas: " Pois é pah! Desde pequenos nos disseram, olha se tirares um curso e depois pós-graduação e por ai em diante vais ter um futuro brilhante (= bom emprego e bom ordenado) e nós acreditamos! Agora é o que se vê... pessoal nesta situação e a ganhar em média 1000 euritos (ou menos!)".

Agora digo eu: bom se fosse mesmo assim, todos empregados e a ganharem 1000 euros já não era nada mau, tendo em conta a situação actual. Mas se nos pusermos a fazer contas, 1000 euros menos a prestação da casa, do carro, gasosa, alimentação... fica-se com a percepção que de facto 1000 euros não é nada! É por isso que se vai ficando em casa dos papás até sabe-se lá quando!Bom...e se falarmos em filhos... o melhor é nem fazer as contas porque provavelmente nem um bilhete para o cinema ou teatro se consegue arranjar (phone-ixxxxxxxxxx).

Bora lá mas é pertencer à Geração Ronaldo (uff!!Afinal...)

SN

Geração Ronaldo

É verdade!

Estamos na Era da Geração Ronaldo!

Passo a explicar...

Paragens de autocarro, cafés em frente a escolas, porta das escolas e noutros sítios tais que juntem a pequenada pseudo-adulta e adolescente eis eles e elas... todos prá frentex (será?!).

Eles com aqueles cintos com pseudo-brilhantes D&G, brincos com pseudo-brilhantes, calças esfarrapadas, cabelo com pseudo-crista e ligeiramente em bico atrás.

Elas com aquelas pochets brilhantes (mas a escola virou disco é?!), aqueles sapatos de salto alto, aqueles acessórios e mais um que é mesmo o cigarro...

Eu pergunto:

Kesta merda pah?!

PHONE-IXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX!

Até me arrepio quando vejo este aparato todo.

Sempre que os vejo (eles ou elas), começo a pensar... hummm eu também era parvinha nesta altura? Provavelmente sim, mas sem brilhantes e com acessorios de outro porte...

Epah... mas há qualquer coisa de diferente, sim porque na adolescência existe toda aquela onda do "eu é que sei", "eu sou muitá bom/boa","eu já sei tomar conta de mim", "eu e os meus amigos/as", mas... calma calma!Vamos recuar no tempo... existe mesmo qualquer coisa de diferente que não consigo explicar...

É quase como que... estes adolescentes enervam-me porque têm tudo o que querem e quando querem!(e isto não é nenhum recalcamento, naaaaa) e pensam que isso será sempre assim!

Agora com a diversidade e abundância de acessorios que andam por aí, todos arranjam trapitos pseudo-na-moda para cobrirem o esqueleto, o que lhes confere qualquer coisa como: "Opá eu sou muitá fashion" e pronto o importante é ser fashion e o resto que vá pró "penico!".

Bora lá combinar saidas e raves e festivais e ferias com amigos e semanas na neve, enquanto os papás bulem pra caraças (falando de papás com pouco/médio pilim!).

Mas depois... desvio o olhar e ainda vejo grupos que me fazem recordar a minha altura (que nostalgia!), ufff que alivio!

Nota: Os pseudo-Ronaldos é que se esquecem que para terem toda essa extravagância, se assim o desejarem, têm de bulir e persistir e voltar a persistir nos seus sonhos (sem nunca parar!).

Ah pois é!Mas já me esquecia que depois eles ligam a TV e o que passa em rodapé, indirectamente, é: "Consegue-se tudo com pouco esforço e muita sorte". É caso para dizer : Phone-ixxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Fui!

SN

Ser o que se é...

Existem dias em que só me apetece olhar para os gestos e atitudes das pessoas e ficar a contemplá-las, principalmente as atitudes mesquinhas..

Vejo-as como se fossem imagens reproduzidas em vídeo, em câmara lenta, onde cada gesto, cada palavra "trabalhada" entram em silêncio e são completamente dissecadas.

Pois bem, eu gostava de ter esses minutos de contemplação absoluta, seguida de uma mera pergunta: "Você é assim, porquê?Acha que por eu não ter um ar austero e por não me envidenciar com palavras, me intimida? Acha sinceramente que preciso desse tamanho, para achar que vallho alguma coisa? Acredita nisso?"

Só mesmo no mundo de hoje para isto acontecer...

Assim de repente resumo tudo isto num episódio de infância (soa a lamechice, mas não é!eh eh eh). Sempre adorei a escola e sempre me recordo dela com sensações altamente positivas, de alegria, satisfação, prazer, convívio e aprendizagem!

No entanto, não deixo de me recordar de um episódio, nada traumatizante para mim, mas sempre questionado e quase que repleto de "pena" por quem o praticava...

A minha professora da 4ª classe partiu o Pau (utilizado para apontar para o quadro e também para bater na mãozinha daqueles que supostamente se portavam mal...) e depois perguntou: "quem arranja outro igual?", ora pois claro tudo calado, menos a Sara que se lembrou de dizer que conseguia arranjar porque o avó era engenhocas. Os outros não acharam piada, mas sinceramente?!Nem me ralei! A professora nunca me tinha dado com "aquilo" na mão, mas... parece que tinha chegado a altura e zás... vi-me ali levantada (nem sei bem porquê) com a mão esticada e a olhar para ela com um ar de contemplação absoluta. Nem me lembro se doeu, só me recordo de perguntar a mim mesma: "Mas o que serve eu levar com isto? Pode doer, mas passa e depois?!".

Pergunto agora eu: Será esta a solução? Sermos uns para os outros aquilo que realmente não somos e usarmos as mais diversas defesas para assumirmos quem somos = para não sentirmos, não nos magoarmos...

Temos sempre que arranjar forma de "fazer batota" porque quem faz batota é quem vence a corrida...será? Tudo depende do tipo de corrida que cada um está disposto a fazer...

SN

Homem Psicologicamente Perturbado (Texto resposto. Separador Abril 06)

É verdade
Isto é o REAL
O gueto na perspectiva horizontal
De quem se perde nas ruas e vive só
Perseguindo o mundo, entrelaçado num nó

Começando pelo início
Ora bem...
Eramos três raparigas
Saimos do café naquela Avenida perto da 5 de outubro...Conde de Valbom
Eram +- 02h15 da manhã
Estavamos a decidir se íamos para casa ou comemorar o Diploma para o Bairro e conhecer o Loft
O cansaço já era algum e adiamos a comemoração para outro dia
Resolvemos então ir a pé até ao Areeiro (sim pk era o dia anti-carros!)
O Nuno e a Rita queriam dar-nos boleia, mas rejeitamos
É que queriamos MESMO ir a pé
Estava uma noite óptima
Queriamos navegar pelas ruas de Lisboa
Cortar na casaca de alguns
Estarmos entretidas na conversa enquanto apreciavamos as bonitas ruas silenciosas
No entanto, este inicio de caminhada que prometia ser calmo e proveitoso, quase que se tornou naqueles filmes M/16 anos pela carga de adrenalina disparada pelo medo, stress, nervos, ansiedade que os filmes de Terror despoletam.
Tinhamos virado naquela esquina
Estavamos na Av. República
Caminhavamos rumo à perpendicular
Aquela que passa ao lado da Praça de Touros, Campo Pequeno (Av. João XXI)
Vimos um Homem parado (ainda na Av. República)
Olhava fixo para o chão
Parecia absorvido, alienado, perdido, transtornado
1/2 Caminho andado para começar a fantasiar (= lidar com a situação)
"Humm... este homem não deve ser muito normal, às tantas ainda vem atrás de nós..."(S.)
Malditas premonições
Veio mesmo
Sensação que tinhamos quebrado a alienação do Homem
Do género "quebra mesinhas/feitiços"
O homem parecia um robot
Era forte (Gordo!)
Mas mantinha a passada
Cabrão!
FDP!
Resolvemos atravessar a Avenida, na tentativa de vermos se continuava na nossa "guarda"
Ah pois é!
Estava mesmo!
Ficou retido num semáforo!
Boa!
Mas conseguiu recuperar os metros que o tinham distanciado
FDP! A Sério!
(a M. Já estava com telemóvel na mão, para alguma emergencia)
"Meninas... se Ele começar a correr ou tentar atacar-nos, corremos sem parar, vamos dar o nosso maximo!" (S.)
Já estavamos a cortar para a perpendicular (Av. João XXI)
"E se agora corressemos bastante e nos escondessemos atrás daquela carrinha branca?Para ver a reacção dele" (S.)
Mas continuamos a andar
Subimos toda aquele Rua
Fonix!Estava estafada!Mesmo cansada!Esta falta de exercicio fisico!grrr...
Começamos a preocupar-nos a serio!!
Fez-se sinal para um taxi, mas este enfiou-se pelos túneis
Continuamos...
"Estou a ficar stressada com o que dizes!" (M.)
O cabrão continuava (gordo mas cheio da pica!)
"Pah já mandavamos sms ao Nuno a dizer para parar com brincadeira, já nos meteu medo suficiente (J.)"
"Mais à frente há uma padaria que está aberta a estas horas, há sempre gente por ali" (M.)
Yes!
Um magote de gente!
Ficamos na fila, naquela espécie de escudo humano (ajudem-nos!)
Então não é que o cabrão desatou a correr, porque perdeu o campo de visão e já não sabia onde nos encontrar
Quando nos viu, acalmou e começou a andar
Passou atrás de uma carrinha branca, mas não conseguiamos ver para onde tinha ido
"Então agora vai ficar atrás da carrinha?" (M.)
"Epá cabrão, FDP, vou espreitar, é melhor enfrentar estes FDP" (S.)
Mas o bacano já estava no outro lado da rua e caminhava em direcção a uns bancos
"Será que se vai sentar?Para ficar nossa espera?" (M & J.)
Vá lá...continuou e umas ruas abaixo, tornou a ficar na posição inicial
Absorvido, alienado, perdido, transtornado
Saimos da fila e descemos um pouco a rua
Ele de um lado, nós do outro
Fingiamos ver a moda duma loja
Sempre atentas ao FDP
Uns bons minutos depois ele "acorda" e volta a subir a rua que tinha descido, ou seja, traçando uma linha paralela (imaginaria), ele estava num lado da rua e nós do outro
"Tive a sensação que ele olhou para nós" (S.)
Continuou a subir a João XXI
Nós a controlarmos os movimentos
"Agora era giro irmos atrás dele" (S.)
Mas não fomos!
Quer dizer... só mais tarde e de carro!
Mas continuando...
O homem acabou por desaparecer, já se tinha afastado o suficiente
Continuamos o nosso percurso, sempre a olhar para trás, claro!
Estramos no carro
Trancamos as portas
Pusemos os cintos e arrancamos à busca do Homem...
Passamos pelas mesmas ruas e por outras mais...
Não o voltamos a ver
Quiza estaria a perseguir outras pessoas
Quem sabe?!
Por isso...
Não andar à noite, a pé, em Lisboa entre as 2h00 e as 3h00 da manhã!
p.s: depois deste acontecimento as nossas vidas vão mudar.Vocês sabem..
Vamos criar uma seita anti-criminalidade, MJS, Lda., com sede na Av. Republica.
Temos de começar a tratar do logótipo e da farda de intervenção para uma sociedade mais segura e justa!A limpeza das ruas vai começar a qualquer instante...
Nota: A J. relembrou-se de 2 aspectos que faltavam neste texto.
1º O pormenor do tom da minha voz (ligeiramente elevado) durante o percurso da dita situação. Pode-se dizer que até a pessoa mais surda poderia ouvir algo (algo, repito!)
2º Os olhares das pessoas da fila da Padaria, ou seja, desde que "estacionamos" na fila, até à situação normalizar e podermos circular até ao Arreiro +- descansadas, os nossos comentários, movimentos, recuos, avanços, espreitadelas estranhas... foram o suficiente para as pessoas pensarem que nós eramos as verdadeiras doidas da Avenida João XXI.
FINITO!

2-0-0-8

Ai jasusssss!
Desde Setembro sem escrever...
Mas agora... sim, há algo que tem de ser escrito, a página do dia 1 de Janeiro de 2008.
O que ainda não percebi, ao longo dos anos, foi... o que acontece assim de tão magnífico quando se deixa o ano velho e entra-se no Novo Ano?
Temos sempre que ficar extremamete exuberantes, radiantes, alegres, como se o virar do ano nos trouxesse, por si só, a felicidade extrema.
Ainda não pedi os desejos, são 12 como as “passas” ou são só 3? Provavelmente serão quantos nós quisermos...(bora lá entrar no Novo Ano a fazer batota!).
Aiiiiiiiiii que feitio o meu! Não seria mais fácil ficar simplesmente contente porque entramos num Novo Ano e prontus!
Não resisto...

Feliz 2008!