Objectivo: Não entrar para o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-IV-TR)

domingo, agosto 19, 2007

Farsa: Retirado algures dentro de alguém


Até um certo ponto foi sempre inconscientemente, mas acho que sempre o soube. Sempre tentei perceber as pessoas à minha volta. O porquê das suas atitudes, aquelas que mais me pareciam exageradas ou sem sentido. O porquê de se ser sempre tão frio/a para pessoas que gostamos, o porquê de nunca mostrar afecto por quem preenche a vida e participa nela.

Achei sempre que de alguma forma estaria relacionado com a educação e infância, mas agora já não sei. Sempre me esforcei por compreender e aceitar o que não conseguia entender, mas começo a ter dificuldade.

Os anos passam e a pessoa continua a mesma, inacessivel e impenetrável. É impossivel falar com ela e mostrar-lhe o outro lado da moeda, é impossivel servir-lhe de espelho porque simplesmente não ouve.

É pesado aceitar e as forças começam a fraquejar. O túnel que sempre se esforçou por ter uma saida, bem ao longe, começa a ser visto com olhos reais e a perceber que sempre esteve fechado. O esforço não foi em vão. Tinha de se fazer, mas já não se pode avançar porque não é permitido avançar.

Espero nunca me tornar nisto que descrevo com indignação e incompreensão.

Quando o que faz sentido é atacar tudo e todos de todas as formas é porque alguma coisa não está bem e quando alguém chama a atenção para isso e a pessoa não ouve, não quer saber e continua o seu discurso i-g-u-a-l-z-i-n-h-o, é porque só pode ser doença... é a única resposta, infelizmente, para todos estes anos de i-n-s-e-g-u-r-a-n-ç-a.

Como tudo isto irá terminar?

Como é possivel nunca se chorar com dor, aquela dor que nos arrasta e nos deixa a um canto sem pedir protecção?

Como é possivel chorar com intenção e utilizar o momento para destilar veneno para todos os lados. Quem não está distraido percebe que tudo não passa de um cenário podre e cínico, pior... que nada se pode fazer para ajudar a pessoa a ser diferente porque simplesmente esta é um bloco de cimento que se formou algures, não se sabe bem quando e porquê.

Porque tem de ser sempre tudo tão assim?
Por fora, tudo perfeito. Por dentro, só quem está é que sabe...

Piscina dos Olivais...


De facto paira a nostalgia quando ouço falar da piscina dos Olivais...
A primeira piscina de 50 metros que experimentei.

Após ter aprendido as braçadas e pernadas no belo Tanque da TAP de 12,50 metros, eis que passei para aquela imensidão de azulejos e janelas redondas debaixo de água (parede lateral)que me deixavam altamente arrepiada porque quando me punha a olhar através delas,o outro lado era sombrio e bizarro porque dava para a sala das máquinas, grrrrrrrr.


As recordações apareceram de forma inesperada.
Simplesmente ouvindo o cd do Sam the kid, ele menciona a piscina dos Olivais, o que me fez rir às gargalhadas. Este Sam é mesmo The kid, no bom sentido claro!


Fez-me recordar que terá sido a piscina em que mais braçadas e pernadas dei.
Ainda sinto arrepios da água GELADA dos treinos das 6h30 da matina quando a piscina estava descoberta na altura do verão (batia sombra na piscina e não havia aquecimento de água!).

Quando chegavamos mais cedo ao treino, ficavamos na esplanada a olhar para os putos doidos (bom... na altura eram mais velhos que eu...) a mandarem-se da prancha de 10 metros de formas altamente bizarras.

Das vezes que entravamos dentro de água, depois de todos os gangs da zona terem saido,altamente suja. Desde sacos de plástico, pacotes de batatas fritas, etc. etc. etc.

Que nojoooooooooooooo!!

Recordo-me da sensação de saltar pela primeira vez na prancha de 3,5 metros, depois na de 5 metros e parei porque na de 10 metros nunca consegui...

Lembro-me bastante bem da sensação extasiante por começar uma nova época e das semanas iniciais em que tinhamos bastante treino fora de água (jogar futebol no campo, correr...bom às vezes tentavamos parar até não sermos caçados pelo coach...) e dentro de água era tudo mais soft, muito polo aquático, nado mais na descontra, tudo isto ao ar livre... um must!


Ah!! Recordo-me, já me esquecia, num dia de Inverno bastante chovoso e ventoso. Estava fora de água, de roupão, quase a entrar para o treino, quando as luzes se desligaram, a porta giratória tinha imenso pano, do balão da piscina, em cima porque os motores que sustentavam o balão da piscina tinham parado, por falta electricidade. Gritos pelo meio, agitação, até termos que evacuar rapidamente e meio estranhamente pelas bancadas.Pé num ferrinho a meio da parede, alguém a segurar do outro lado e toca a sair do buraco do balão da piscina... o CAOS!!!


Boas recordações!

Muitas outras por contar...