Objectivo: Não entrar para o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-IV-TR)

sábado, novembro 29, 2008

Bala certeira.




Acho que já estou a ficar surda de tanto injectar. Estes sons. Há aqui qualquer coisa que está ao contrário. Não está bem. A merda continua, tresanda. Quarto fechado, ali ao canto. Afinal de contas, somos todos isso. Uma peça ali espalhada no meio da sala. Irónico esse sorriso, essa gargalhada. Hei-de rebentar com os ouvidos. Vão-me fazer ouvir. Expulsar todo o mal que vem cá dentro e ficar com aquele terno sabor de satisfação. Equilíbrio. Irónico. Vou rebentar com as palavras dos pulmões, virar-me do avesso. E aí, vão-me ver.


Vou disparar aquela bala certeira.

Sem dúvida.

sábado, novembro 22, 2008

Sem sensação




Ali estava. A andar de um lado para o outro, as minhas pernas a ficarem cada vez mais pequenas. Cada passo afundava-me mais, cada vez mais, até deixar de perceber que parte de mim restava. Mas continuava a chegar aos mesmos sítios. Ao fogão, ao frigorífico, a bancada da cozinha passava pelo mesmo ponto do meu corpo.
Ali estava eu a ver o que se passava, de um lado para o outro, a andar e a enterrar-me cada vez mais. Mais uma vez, só mais uma, outra e pronto… ainda outra. Foi aí que percebi. Estava a olhar para mim mesma...

segunda-feira, novembro 10, 2008

Acho engraçado... ou não.



Acho divertido observar o que vejo.
Sim porque muitas vezes não vejo nada.
Não se passa nada.
Não há nada para ver ou simplesmente não há entusiasmo para apreciar.
Coisas que deixam um nó na garganta, aperto no estômago, originando deformação, decadência e desilusão.
"Sinto-me pequeno, bem pequeno.Insignificante. Não sei e sei-o tão bem", ouvi eu.
Foi assim que reparei no diálogo entre Eles, no meio da cidade confusa e caótica:
(...)
Porquê?
Toda essa urgência em mostrar.
Necessidade quase que básica, parece, mas não devia.
Pior.
Bem pior.
Desprezo por aquilo que não vês.
Vislumbras carne fresca para consumo, mais nada.
Provas, consomes, segues.
Provas, consomes, segues.
Provas, consomes, segues.
É divertido ver, é.
Pior...
Pior é o gosto... amargo!
Quando me olhas com aquele ar de quem "tá podendo", num tal nível que te permite ignorar e desprezar a minha pessoa, quem eu sou.
Arranjaste nova companhia.
Eu sei.
Disparas em todas as direcções.
Sabes que vem sempre algo, de algum lado ou de vários lados, tanto faz.
Sinal de satisfação, enche-te o Ego.
Sentes-te realizado.
Nada se perde, não é?
Será mesmo assim?
Pior será quando ninguém vier ao teu encontro.
E aí.
Nesse dia, vais-me encontrar.
Vais-me dizer o que já ouvi.
Mas nesse dia, tu não fazes ideia do que vais ouvir...
Vem cá.
Aproxima-te.
Isso.
Bem junto a mim.
Digo-te, então, sussurrando...
Consegues encantar.
Consegues fazer gostar.
Consegues acarinhar.
Consegues fazer amar.
Mas de todas as coisas que consegues fazer melhor é:
Afastar quem te faz aproximar.
De ti.
E se olhares bem, a sério, muito bem...
Perceberás que aqui, aqui, já não há espaço.
Tornei-me como tu, para te perceber e percebi...
Jamais serei como tu.
Mendigo de sentimentos.
Assassino de emoções.
Haja o que houver.
(...)
Afinal...
"Are we Human or are we Dancer?"

quarta-feira, novembro 05, 2008

Adele...


Finalmente descobri.
Mas que som!
Isto provavelmente não interessa muito.
Mas quantas vezes me censurei por não ter mudado de posto mais cedo para ouvir de quem era este som?!
Mas o que é isto?!
Procurei no Youtube, Mega-Fm e sei lá onde, mas não conseguia.
Só que hoje esforcei-me um pouco mais...
Mas o que é isto?
- Pergunto novamente -
Mas que voz...
Mas que som...
Se me dissessem:
"Olha agora envereda lá pela carreira de cantora..."
Eu diria:
"Ok mas para isso terão que me colocar uma voz destas e já agora...
Posso ficar com a música e com o clip?!"
Ui!
Aqui fica...
Não são todos os dias que se ouvem vozes destas, ohhhh god!


Adele, Hometown Glory